segunda-feira, setembro 30, 2002

LNB 12




Agent 5.1 + Kid Loco + The Supermen Lovers

Vejo alguns minutos do Agent 5.1 e caio fora, prefiro ir me abastecer de cerveja do que ver o Portishead com uma fanha no vocal.
O Kid Loco(fotos) fez o melhor show do festival. Puta show !! Muito foda !! Daqueles de arrepiar a espinha, de ficar na memória. Tocando guitarra, violão e fazendo alguns vocais, ele é acompanhado por uma banda com baixo, bateria, teclados e DJ. Mas o melhor foi a participação do Tim Keegan. Ele é o cara que fez os belíssimos vocais de algumas faixas do "Kill Your Darlings", como "a little bit of soul", "I can't let it happen to you" e "cocaine diana", todas presentes esta noite. O Tim ainda tem uma banda muito bacana, Departure Lounge, que tocou neste festival na sexta, eu devia ter visto, mas preferi bancar o brasileiro elegante e levar colegas de trabalho para ir ver os Morelembaums tocar Tom Jobim. :/. O Kid Loco chegou perto do pop perfeito neste show. Tudo foi impecável. Este foi o último concerto da tour do disco K.Y.D. e o Kid fez uma brincadeira com seus músicos, imprimindo uma set list onde rebatizava as músicas de uma forma digamos "carinhosa". Veja esta set list aqui.
Não fiquei pra ver o The Supermen Lovers.


domingo, setembro 29, 2002

LNB 11



Robert + Julie B. Bonnie

Robert (foto abaixo) é uma cantora francesa que foi "adotada" pela escritora belga Amélie Nothomb, que acaba de lançar um livro sobre a própria. A Marcia já falou nele por aqui. Amélie também faz parceria com ela como letrista. A música da Robert é bem "pop anos 80", com vocais em falsete de gosto bem duvidoso. Uma apresentação bastante teatral com direito a um trapézio, sapatilhas de balé e tudo mais. Este foi o primeiro show dela em Bruxelas e teve ainda uma versão de "das model" do Kraftwerk, em alemão, a música é muito boa e o estrago não foi grande.
Julie B. Bonnie (foto acima) é francesa e nos mostra suas doces baladas folk em francês e inglês, com um brilho especial criado pelo clarinete e pelo trompete. Tivemos o prazer de ouvir a mais bela cover do ano : "Hotel California" do The Eagles. Eu e a Marcia voltamos para casa com a melodia ecoando na cabeça e cantarolando os versos:

There were voices down the corridor,
I thought I heard them say...
Welcome to the Hotel California
Such a lovely place
Such a lovely face



LNB 10

Ryuichi Sakamoto with Jaques Morelenbaum and Paula Morelenbaum
The Music of Antonio Carlos Jobim


Eles estão lançando o disco "MORELENBAUM²/SAKAMOTO - CASA" com obras de Tom Jobim. Trata-se de um grande pianista interpretando com muita reverência a música de outro grande pianista, com a ajuda elegante do casal Morelembaum. Mas Sakamoto não podia deixar de (por breves segundos) citar sua própria criação: "Merry Christmas, Mr. Lawrence", que caiu muito bem no contexto da apresentação.
LNB 9



Badly Drawn Boy

Damon Gough tem poucos discos mas é incrível como tudo o que ele toca parece hit, até as novas nascem já sucessos instantâneos, o cara tem uma mão para o pop como poucos. Ele faz de tudo para o show parecer uma apresentação intimista num pub, apesar de estar num teatro para 3000 pessoas. Ele erra algumas introduções, começa de novo, pára pra fumar e conversar com o público, mas parece que todo este ar despojado e tosco é muito calculado, não me pareceu autêntico nem espontâneo, apesar de que o início de "silent sigh" com o piano e a bateria entrando um depois do outro quase como "por acaso" ficou muito bacana.
LNB 8

Morning Star + Moxie

Não fomos. Algumas desculpas:
* Estava muito cansado, muito trabalho como sempre.
* Estava no início de um resfriado foda.
* O Moxie é belga e está sempre tocando aqui pelas redondezas.
* Nem conhecia direito os britânicos do Morning Star.
* Fiquei vendo o Real Madrid massacrar os campeões belgas do Genk por 6x0, mesmo sem Zidane e Ronaldo.
LNB 7

Lincoln

Quando o show começou apenas 10 pessoas estavam na platéia, depois chegaram mais algumas, mas foi o show mais vazio do festival. O vocalista até brincou dizendo que jà haviam tocado para 2 pessoas em Londres certa vez. Numa rápida primeira impressão poderíamos achar que Lincoln é mais um grupo inglês querendo ser caipira americano, navegando na onda do alt-country. Mas os duetos vocais do casal Alex e Tracy são muito bons, e os metais ( trompete e outros) dão contorno e uma cor especial neste show intimista. Não tocaram o "hit" Little Mistakes, deviam estar guardando para o bis, mas era difícil convencê-los a voltar ao palco com apenas 10 aplausos.
LNB 6



Alexis HK + Marcio Faraco

Alexis e sua banda (foto acima) fazem chanson française com elementos tradicionais e muito cuidado com os textos, instrumentos "wandulescos" e um percussionista performático. Simples e elegante.
Marcio Faraco (foto abaixo) mora em Paris e se comunica com o público com um francês deliciosamente "abrasileirado". Ele compõe MPB bem tradicional, com influências de bossanova e ritmos regionais, com muito talento e sensibilidade, destaque para "o sobrevivente" sobre o seu avô que tinha perdido sua mulher. Explica para o público belga sobre as contradições da música brasileira, que num ritmo alegre pode trazer melancolia e letras muito tristes. Saudade.
Veja a set list aqui.

sábado, setembro 28, 2002

Do dia



KOMEIT: Falling Into Place

sexta-feira, setembro 27, 2002

Wandula no Bacana




Matéria bem completa e caprichada, com entrevista, leia lá que ficou mais do que bacana.





Wandula tocando numa igreja de Antonina em 18 de julho de 2002. Edith e Lucia numa foto de Rodrigo Duarte.

quinta-feira, setembro 26, 2002

LNB 5



Thrill Jockey Night

Noite especial com 10 grupos da gravadora Thrill Jockey de Chicago, em 4 salas diferentes. Tudo começou de maneira meio conturbada com atrasos, anulações, mudanças de sala, e muita simultaneidade de shows, e um filme bem bacana na sala de cinema do Botanique.
Chego na metade final do show do Radian. Baixo, bateria e computador. Minimalismo e muito ritmo. Bem bacana.
O filme "Looking for a Thrill" é uma coleção de depoimentos de diversos músicos sobre o momento em que eles perceberam qua a música era importante na vida de cada um. Aparecem os caras do Tortoise, do The Sea & Cake , o Howe Gelb falando das tardes passadas com máquinas de pinball, weed e Brown Sugar dos Stones. Um cara do Mouse on Mars falando do Stevie Wonder, um outro contando o quanto Husker Du mudou sua vida, etc... O melhor depoimento é o do Steve Albini, falando que ele não se interessava por música até o momento em que descobriu o primeiro disco dos Ramones, e achava aquilo muito engraçado, mostrava pros amigos dizendo : "olha que coisa mais estúpida isso", e a partir do momento em que deixou de achar aquilo apenas engraçado foi que descobriu que aquela seria a música mais importante da sua vida.
Howe Gelb se apresentou com seu violão (foto acima), um piano, maracas e um inusitado Cd-player mini-disc, que usava para mostrar trechos de músicas como introdução às suas e até mesmo para tocar em cima de músicas inteiras, como uma do Miles Davis por exemplo. Ele conta histórias de cassinos, cowboys e poker em suas inspiradas canções, pergunta ao público "quem viu Lee Hazlewood na sexta?", cita Lou Reed e faz um belíssimo show lotando totalmente a pequena sala da Rotonde. E na platéia, na primeira fila, encontro Dave Eugene Edwards, falando sozinho, como sempre.
O Trans AM fez um show pesado, brincando com os clichês do rock, mais metal do que eletrônico, chegam até a botar fogo (literalmente) na bateria. Rock !
The Sea & Cake fez um show insosso, cheio de problemas técnicos, e os caras pareciam de má vontade.
Tortoise ao vivo é muito interessante : duas baterias, xilofones e vibrafones, muito peso e ritmo, todo mundo toca de tudo. 100% instrumental como manda a cartilha do post rock, mas na verdade o que eles fazem é jazz disfarçado.

quarta-feira, setembro 25, 2002

Hoje ligamos o aquecimento da casa, e estamos apenas no terceiro dia do outono !

terça-feira, setembro 24, 2002

LNB 4

Dhruba Ghosh + Biosphere

Dhruba Ghosh é música tradicional da India, algo que pede muita concentração e sintonia com este tipo de som. Eles tocaram apenas dois "ragas" de uns 40 minutos cada, e é impressionante como demora pra afinar cada instrumento exótico daqueles, longos minutos, e um de cada vez. Tinha um casal de velhos hippies na nossa frente, com os filhos, foi triste ver como aquilo era uma tortura para as crianças, que tentavam desesperadamente se distrair com qualquer outra coisa, até que decidiram se entregar ao sono , mas nem isso conseguiram. Deu pena.
Biosphere é na verdade o norueguês Geir Jenssen . Laptop music. Apenas ele sentado numa cadeira e na sua frente uma mesa com o computador, nada para ser visto, a não ser projeções de animações minimalistas. A música é fria, gélida, minimalista ao extremo, drones e texturas eletrônicas delicadas. Eu curto.
Postei fotos do primeiro show do LNB, veja lá embaixo.
LNB 3

Lambchop + Lee Hazlewood

O Lambchop é a banda mais indicada mesmo pra abrir um show do Lee, e a figura dele assombrava todo o concerto de abertura. A primeira música foi "I'm Glad I Never" uma cover do Lee maravilhosamente interpretada pelo Kurt Wagner. Logo depois ele diz "é uma grande honra estar aqui esta noite, é um sonho transformado em realidade" e quase no fim do show o Kurt fala :"vamos tocar apenas mais duas músicas porque estamos ansiosos para ver o Lee, assim como vocês devem estar". O Kurt como sempre estava com seu boné vermelho acompanhado de sua banda de 10 membros, com o repertório baseado em "is a woman" e mais umas novas. Penso que o Kurt Wagner é um legítimo herdeiro da música do Lee, e este show foi bastante elogiado pelo próprio Mr. Hazlewood mais tarde.
Mr. Lee Hazlewood estava acompanhado de uma banda de apoio formada por membros do High Llamas e um cara do Stereolab, depois de cantar a primeira da noite ainda escondido atrás do palco, ele aparece com seu estilo de vestir parecido com o Kurt, boné preto, camisa aberta, camiseta preta e bem despojado, quase o tempo todo sentado e falando muito entre as cançóes, sua voz está magnífica, super grave e tenebrosa, enquanto canta ela falha um pouco, afinal ele já está com 73 anos e os pulmões já não conseguem acompanhar, mas enquanto fala é hipnotizante, ele conta muitas histórias, com muito bom humor, parece um spoken word. De cara ele diz "esta noite vocês ouvirão algumas canções antigas, obscuras, ridículas e levemente obscenas". Apresentando uma canção ele fala: "esta música eu fiz quando eu tinha 30 anos, mas nunca a cantei em show, porque achava que não era velho o suficiente para interpretá-la, mas hoje eu sou." Enquanto apresenta a banda (que trabalha por cerveja, segundo ele) tira uma com a cara do modernoso do Stereolab dizendo que "seu alfaiate tem um grande senso de humor". Antes de tocar sua mais famosa composição ele diz "eu já escrevi mais de 100 canções e pelo menos uma dúzia delas foram hits, mas todo mundo pensa que eu fiz apenas essa". Então emenda com uma versão funky e groovy de "These Boots Were Made For Walking". Conta também histórias do tempo em que viveu na Suécia nos anos 70 e canta "Soul's Island" numa versão cheia de saudade e melancolia. Toca até "Whole Lotta Shakin' Going On" dizendo : "esta música foi um grande erro, não era pra ser um rock" e executa uma versão lenta , sexy, obscena , parecia Barry White! Foi um show histórico, pena que as cordas e os metais estavam sintetizados, um show como esse merecia cordas e metais de verdade. E senti falta de uma mulher para fazer um dueto como ele fazia com a Nancy Sinatra. E na saída comprei um cd "tour only" do Lambchop. Muito bacana.

LNB 2

Marc A. Huyghens + Hawksley Workman + Sixteen Horsepower

Marc A. Huyghens é o vocalista da banda belga mais adulada pela crítica nos últimos tempos: Venus. Neste show ele se apresenta só, tocando violão e banjo. Inicia a apresentação tocando um piano de brinquedo, lembrando Yann Tiersen. O show é despojado e contido (até demais), ele como todo bom belga apresenta as músicas em francês e em flamengo. Teve até uma versão de "sweet dreams" (aquela mesma), apenas com banjo. Estranho.
Hawksley Workman veio acompanhado como sempre de seu fiel escudeiro Mr. Lonely nos teclados, transformando o teatro do Cirque Royal num verdadeiro cabaré berlinense dos anos 30, só que com guitarras. Hawksley vestia uma calça branca com estampas de cerejas, pena que as fotos eram proibidas neste teatro. Ele é exagerado, catártico, toca castanholas e dança sapateado, interpreta cada canção com uma entrega impressionante. Suas canções nem são tão geniais , mas a maneira como ele as entrega ao público é bem especial. Ele é um show-man completo, e tem pelo menos uma obra prima de songwriting : a minha predileta "No More Named Johnny", hoje numa noite inspirada.
16 Horsepower é liderado pela figura fantasmagórica de Dave Eugene Edwards, com suas roupas de cowboy dandy, seu rosto pálido e assustador, suas tatuagens religiosas e sua música desértica e pesada. O show é tenso e intenso, Dave parece possuído, fala sozinho, faz caretas e tem uns tiques nervosos curiosos. Gostei muito dele tocando acordeon e banjo, foi uma aula para o belga da abertura de como sustentar uma canção apenas com vocal e banjo.
Cinema 2002.34



S1M0NE

Um diretor cansado das frescuras de sua atriz principal, acaba ganhando de um nerd à beira da morte um programa (SIMulation ONE), capaz de criar uma atriz virtual tão perfeita que ninguém percebe que ela não existe. O cineasta então deve esconder de todo mundo o seu segredo e cria um mito maior do que o esperado. Al Pacino está genial encarnando o cineasta, seu personagem diz "chegamos a um ponto em que nossa capacidade de falsificar ficou maior do que a nossa capacidade para descobrir a farsa" . A personagem Simone é interpretada por uma atriz de verdade, e é curioso notar que um certo cinema baseado em efeitos especiais busca hoje a perfeição tentando criar atores virtuais cada vez mais parecidos com atores de verdade, e neste filme uma atriz de verdade tenta ficar o mais parecida possível com uma imagem virtual.

segunda-feira, setembro 23, 2002

Mudança de estação



Hoje começa o outono. A foto é da Marcinha.

domingo, setembro 22, 2002

Já foram 5 noites do festival, ainda faltam 8. Está muito bacana, pena que estou sem tempo para escrever sobre... preciso de dias de 30 horas .

sábado, setembro 21, 2002

Show Imperdível



Quem estiver em Curitiba neste fim de semana não pode perder este concerto da minha banda predileta. Eu trocaria todos estes 13 dias do "Les Nuits Botanique" para poder vê-los mais uma vez. Sério.

sexta-feira, setembro 20, 2002

Hoje completamos 7 anos morando aqui.

quinta-feira, setembro 19, 2002

LNB 1



Ontem (quarta) começou o festival Les Nuits Botanique, um dos mais importantes festivais "indoor" da Europa. Entre as 4 salas que ofereciam shows simultâneos, poderíamos ter escolhido o Craig Armstrong acompanhado de uma orquestra, mas este último disco dele não me impressionou muito. Ainda tinha o Chocolate Genius numa outra sala, mas prefirimos ver a Beth Orton com abertura do Terry Callier.
Terry Callier (foto abaixo) é experiente na estrada do soul e do jazz. Transmitiu excelentes vibes para o público num show tranquilo. Sua belíssima voz seria algo como uma Nina Simone de barbas brancas. Carismático e elegante. Música negra de primeira.
Beth Orton (foto acima) está lançando seu novo disco : "daybreaker" no qual é baseado o repertório do show. Ela vem luxuosamente acompanhada por uma bela banda com violino, chello e baixo acústico. Cada vez mais pop e menos folk ela continua com um grande bom humor, entre as músicas ela desfila piadas e conversa com a platéia. Faz graça com a Bélgica: "aqui é a Alemanha né? Não? ". E na volta para o bis acontece um diálogo bacana com alguém na platéia que pede uma canção, ela responde: "OK, está bem, é essa então", olha para a banda e apontando para o fã diz : "for him", o cara responde : "I love you!!" e ela : "me too!". Que fofo !:).
A esperada "surpresa" da noite foi o dueto final com o Terry Callier, "uma grande inspiração" segundo ela. Os dois cantam juntos e dançam, se abraçam, enfim, o público estava ganho.


quarta-feira, setembro 18, 2002

Hoje começa a maratona : 28 shows em 13 dias !

terça-feira, setembro 17, 2002

Disco do Dia



Norah Jones - come away with me

Ela tem apenas 22 aninhos.
Ela é filha do Ravi Shankar.
Ela tem uma voz deliciosa.
Ela é superbonita.
Ela lançou seu disco pela Blue Note.
Ela faz pop com tempero jazz ou jazz com tempero pop?
Ela vai estar em Bruxelas dia 11 de outubro.
O show está sold out!
Eu não tenho ingresso :(

domingo, setembro 15, 2002

Disco do Domingo



Brad Mehldau - Largo

Gosto muito de "Sabbath", pesadona!
Ele vai estar em Bruxelas dia 18 de outubro.

sábado, setembro 14, 2002

Cinema 2002.33



11'09''01

São 11 curtas de 11 minutos cada feitos por 11 cineastas de 11 países diferentes, com o objetivo de analisar os acontecimentos de 11/09/01.
Abaixo veja os cineastas e seus países:

Youssef Chahine Egito
Amos Gitai Israel
Alejandro González Iñárritu México
Shohei Imamura Japão
Claude Lelouch França
Ken Loach Reino Unido
Samira Makhmalbaf Irã
Mira Nair India
Idrissa Ouedraogo Burkina-Faso
Sean Penn USA
Danis Tanovic Bosnia-Herzegovina

Dos 11 filmes, 8 fracassaram na tentativa de criar algo interessante a partir do tema proposto, alguns tinham boas intenções, mas não conseguiram encontrar a forma ideal, seja ela ficção ou documentário. 2 outros chegaram perto de um resultado ideal, forma e conteúdo em harmonia e excelentes idéias: Ken Loach resolveu aproveitar a irônica coincidência de 11 de setembro ser a data do assassinato do Allende (em 1973), e conta que os EUA foram os principais responsáveis pelo golpe no Chile. O mexicano Alejandro González Iñárritu, preferiu experimentar na forma, e fez o mais ousado curta, estéticamente falando. São 11 minutos de escuridão total, apenas breves imagens ( de frações de segundo ) de pessoas se jogando do WTC, e a trilha sonora é muito boa, mixando narrações televisivas, com cantos tribais. E o melhor filme na minha modesta opinião é o do Sean Penn, poético, sutil, aberto a múltiplas interpretações, e com uma atuação memorável do Ernest Borgnine, esses 11 minutos do Ernest, valem pela carreira inteira de um Tom Hanks. Sublime. Sean Penn acredita que o ocorrido talvez desperte os EUA para o que se passa no mundo, com uma lucidez impressionante para um americano.

sexta-feira, setembro 13, 2002

Olhe só quem vem matar a sede belga por brasilidade, achei isso num flyer distribuído no show da Hope Sandoval.


'BRASIL' feat
PATRICIA MARX (Bras) - JAIR OLIVEIRA (Bras) - MAX DE CASTRO (Bras)
+ dj's (tba)
Trama presents:
The very best in new music from Brazil

quinta-feira, setembro 12, 2002

Trust



Estou ouvindo sem parar a faixa "in the drugs" do novo disco do Low : Trust, que está sendo lançado este mês. A Les Inrocks definiu assim:
"In The Drugs reforça ainda mais o mistério de Low: sem artifícios, o grupo constrói aqui uma frágil pequena catedral, verdadeira homilia, lenta e assombrada, que invoca o santo espírito de Marvin Gaye".

segunda-feira, setembro 09, 2002

Cinema 2002.32



El Espinazo del Diablo

Surpreendentemente previsível.

domingo, setembro 08, 2002

Hope



Queríamos ter ido ver o Explosions... , mas o lugar ficava a 80 Km de Bruxelas num vilarejo que nem aparece no mapa, e como não rolou a carona que nos levaria pra lá, ficamos em Brux e passamos um agradável "A Late Night Show with Hope Sandoval and The Warm Inventions". Não quis ver o GBV, preferi ficar em casa confortavelmente jantando e assistindo um documentário sobre o fenômeno Amélie Poulain, delicioso. A cidade estava muito agitada, cheia de gente nas ruas e todos os lugares lotados, todo mundo voltou das férias, o verão está acabando e o povo quer aproveitar uma das últimas noites de calor. A pequena sala da AB estava também cheia para ver a tímida Hope e sua banda de folk & blues. Ela é muito tímida mesmo, fica o tempo todo no escuro, nenhuma luz direta sobre ela, o que faz com que seja impossível tirar uma foto decente, esta foto acima é do site dela e não minha. Será que ela quer que esqueçamos da sua beleza e nos concentremos apenas na sua música ?, como fez a Nico, só que a Nico escolheu se autodestruir e ficar feia, e a Hope apenas se esconde atras da harmônica e dos longos cabelos, e ainda toca o glockenspiel de costas para o público. O repertório foi todo do "Bavarian Fruit Bread" , é claro que tinha gente pedindo "fade into you", mas não rolou nada do Mazzy Star. O show acaba com a delicada "Suzanne" e ela ganha uma caixa de chocolates de alguém na platéia.

sexta-feira, setembro 06, 2002

quinta-feira, setembro 05, 2002

quarta-feira, setembro 04, 2002

The Sight and Sound Top Ten Poll 2002



A edição especial dos 70 anos da revista Sight & Sound vem com a tradicional lista dos melhores filmes de todos os tempos, pelos críticos e pelos cineastas. É possível ver a lista de cada diretor, e saber assim quais são os filmes prediletos do seu cineasta favorito.

terça-feira, setembro 03, 2002

31



Hoje é aniversário deste cara aí em cima. Ele deveria estar aqui conosco comemorando, mas com o euro a 3 reais fica difícil pra todo mundo, porém nos veremos em breve, um grande parabéns Cido.

segunda-feira, setembro 02, 2002

Agenda

10-outubro - Sigur Ros
18-outubro - Brad Mehldau
15-novembro - Bright Eyes

domingo, setembro 01, 2002

Ideology is dead, let's go $hopping



Já falei aqui do Matamore, (eu participo lá, veja minhas playlists procurando "marcio" no frame da esquerda). Agora a novidade é o label Matamore Recordings. No site você encontra (em "bands") 8 mp3 das 4 contratadas do selo: Belmondo, Jupitter_K , HLM e Tom Sweetlove, estas duas últimas são bandas do nosso amigo Maxime.